quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Madrugada
De dentro do táxi, um turbilhão de imagens me penetra ao passar pela frente da maternidade onde nasceram eu e, 26 anos, 3 meses e 6 dias depois, meu pequeno amor, meu filho. Lágrimas de saudade, puras, sem sofrimento, invadem a retina e nenhum sentimento de repressão, apesar do pensamento católico vir à mente, podem impedir que elas progridam para seus destinos, a não ser a voz do animado motorista que exclama seguidamente: "zequinha! zequinha!" e segue "Tive um grande amigo..." e explicando sobre seu passado, com detalhes sobre a cidade, época e tal, que a tarde hora da madrugada e o recente turbilhão de imagens me impedem de lembrar, registrei apenas a importância daquele zeca na vida daquele disposto companheiro da curta e rápida viagem que percorríamos. Sem dar importância, engato nos zecas por aí, e por uma das poucas vezes, uma conversa com um completo estranho fora extremamente prazerosa. Não há moral aqui, apenas, o "causo". As imagens, lágrimas, zecas. O destino intercedeu no quebrar do meu coração de saudades daquele pedaço de mim, (mesmo distante, filho, te sinto inteiro em mim como parte inexpurgável). Fui resgatado de um estado de passado, uma forma antiga que antes se reprimia, e agora convive em equilíbrio. Esse é o segredo. Não conte a ninguém....
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