quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Prá não dizer que não falei do BBB





Práticas pessoais realmente adiantam algo? Quero dizer, certa vez fiz um pedido ao Habib's e confiei na promoção que dizia que o pedido chegaria em 28 minutos ou eu teria o meu pedido gratuitamente. Claro que eu já havia pedido antes e já havia o histórico de ter ocorrido de não chegar o pedido e eu ligar para reclamar (no sentido de pedir o que é de direito, ou melhor clamar novamente) à central de atendimento e ouvir a baboseira de que a promoção se aplicava apenas ao finais de semana, e não à dias de semana como era o caso do meu pedido. Decidi naquela primeira vez não entrar nos pormenores da questão pois eu aceitei a ideia de que a caixa ia chegar com letras miúdas escritas em algum lugar, confirmando a teoria da atendente, então aceitei dar-lhe mais dez minutos de crédito, mas essa situação havia sido no passado e aconteceu, então, de eu glorioso, finalmente acreditar estar vencendo o sistema quando o meu pedido não chegou aos 38 minutos e novamente fui eu ao telefone para re-reclamar e, justo quando eu contava com meu momento de glória, toca o interfone, anunciando a chegada do moto-esfiha-boy. Desço o elevador sem nem levar o dinheiro. Para minha surpresa, ao chegar ao térreo o entregador se fez de desentendido e disse que havia chegado UM MINUTO adiantado no tempo da entrega. Argumentei, disse que um minuto não seria mensurável, e que tanto eu como ele estávamos certos. Ele até concordou e deixou o "pomo" da discórdia para ser resolvido pela deusa Atena, seu gerente que sem saber que o viva-voz estava ligado disse em tom grosseiro "não faz a entrega!". Dito isso, meu orgulho leonino tomou a cabeça e concordei com ele. Repliquei: "isso mesmo, não faça a entrega! Eu não gasto meu dinheiro e vocês perdem o pedido. Porque depois de toda essa discussão, ninguém mais comerá esse lixo" e ainda acrescentei que eles haviam perdido um cliente. Consegui, de lá prá cá, mobilizar umas três pessoas a deixar a rede Habib's. Não é muito, penso. Além do McDonald's que eu e mais um amigo que conheço somos "Mc free", pois chegamos à conclusão de que McDonald's vicia, pois a comida é ruim, cara e deixa uma sensação de vazio muito pouco tempo depois, além de ser a grande marca atual da colonização americana (para quem não acredita ou discorda, o documentário americano Super Size Me é um bom exemplo ao que me refiro) mesmo assim, reflito ainda se pequenos gestos adiantam algo contra a grande cultura de massa. Além de sua consciência ficar tranquila, que é algo muito bom, isso sim é bom e relevante, até onde vai a minha responsabilidade em só fazer o que eu acho correto e não divulgar isso ou não incitar nos outros atitudes parecidas para que saiam de seus ambientes de "mito da caverna". É minha responsabilidade não deixar que outras pessoas continuem olhando para as sombras projetadas na parede? Se alguém tiver a resposta, me ajudem, pois já não sei. Lembro da música do Chico "ouça um bom conselho, eu lhe dou de graça, inútil dormir que a dor não passa. Espere sentado, ou você se cansa, está provado, quem espera nunca alcança". Adoro subversões de ditados populares. Assisti embasbacado a música em inglês do tal do Michel sei lá o que, que não tem nem dez versos em rede nacional em um navio, à sua volta muitas mulheres dançando sensualmente com uma letra pobre e novamente afirmativa de um machismo velho como era seu hit anterior "primeiro a gente foge depois a gente vê" que para qualquer estúpido estava claro que era só trocar o "g" pelo "d" do verbo fugir e a música fazia sentido. Sobre o BBB... o que era mesmo? Ah... Bom Bonito e Barato!

Um comentário:

boyago disse...

O imperialismo das big fast foods ataca novamente... nossa paciência e nossa úlcera! Não como a muito tempo mais esse tipo de comida, mas a uns meses atrás fui no BoB's era hora do almoço, aquele cheiro do hambúrguer ficou impregnado em minhas mãos, fui lava-las e mesmo assim não saiu fiquei a tarde inteira com aquele cheiro de carne com aromatizante artificial em minhas mão e nem quis imaginar o que tinha lá dentro, e o que aquilo fazia com minhas entranhas!
Prefiro a comidinha caseira que eu mesmo faço, do que cair no conto do vigário ou vigaristas diga-se de passagem...