sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pela real função da arte

Poderia ser bem direto ou falar um monte de groselhas. Pois optei pelas groselhas.

E na base de tudo está a opção, já dizia no Matrix. Não apenas uma opção de caminho de alma, mas também uma opção nas pequenas coisas do dia a dia, na compensação do efeito borboleta e do entendimento de que pequenas ações atingem grandes objetivos ou podem inclusive ter o efeito contrário. O "Neo" de todos os dias somos nós e uma vez optando por sair da ignorância como faz o herói ao percorrer o caminho de Campbell, encontramos o irmão com que devemos lutar do Bhagavad Gita, prisioneiros do mito das cavernas (o plural é proposital uso do momento), Zaratrustas pelos montes e montanhas e então o mais honesto que se pode perceber é que a única coisa que resta é a dúvida. Em verdade, esta é a certeza.

Duvidar significa instigar e explorar. Duvidar significa conhecer, se distanciar do estado de ignorância (que antes que se ofendam, significa desconhecimento neste uso).

Ao se pensar em pirâmide social, então durante a busca da iluminação, duvida-se da necessidade da formação de castas como sendo justa e então guerreia-se com seus mais profundos desejos (um herói vive muito bem em miami beach, já foi ficcionalmente provado) para que a pirâmide passe a se tornar uma linha horizontal.

Fácil para quem está embaixo? Muito simples não trabalhar e alcançar o topo da pirâmide (ainda que o conceito de pirâmide não esteja ligado ao de linha horizontal por terem diferentes naturezas)? Mas não é o que se diz, e novamente, para encontrar a verdade, iniciará um novo estágio de desligamento da ignorância.

Meu entendimento da função artística é a contruibuição para o início da jornada do abandono da ignorância. Parece muito complicado, mas não é. A arte já foi fundamental em decisões práticas da vida cotidiana. Por exemplo: o teatro surge como um ritual de interpretação de sonhos, ou seja, clarear o significado de um sonho é o início da jornada contra a ignorância a respeito daquela noite bem ou mal dormida.

Misturando os mundos, a arte abandona esse poder divino que recebia para passar a ser mero (como dizem) entretenimento. Eu discordo em partes, de mim mesmo, afinal o que acontece é um aumento gigantesco de bobos da corte, o que nada poderia ser considerado como arte, apenas como bobice mesmo.

O que é novo para mim e me leva a escrever? A cara de pau deste sujeito da fotografia e ainda de outros comparsas que se auto nomeiam como artistas, mas que devem ser muito bem diferenciados pois são apenas bobos da corte, tirando que estes ainda entendiam o conceito de fidelidade para com o seu governo.

Escondem-se atrás de costa quente, e estão certos de fazê-lo. Eu mesmo daria razão a uma polícia que o repreendesse ou uma censura que o trancasse. Compactuar contra o governo nunca foi nem jamais será função de um artista. Incitar derrocadas dentro de um processo justo de democracia, alimentando cada vez mais as mentiras que já são tão insistentemente descarregadas na mente de quem já nem aguenta e só queria que este período passasse de vez.

Lá em casa eu insisto: não deem ibope a esses reacionários e não é de hoje que falo que estes demônios emitem o vírus da ignorância na sociedade. São a mais requintada ferramenta de controle de massa atual. O pensamento em resposta sempre é de que "uma TV apenas não faz diferença". Pois faz.

Vejam! um artista falido, um comediante de quinta, que ainda tem a impáfia de ofender a presidenta da republica, de ofender um governante eleito por voto popular, ganho justamente, através da mesma eleição que instaurou uma câmara absolutamente retrógrada e deu ao governo estadual de São Paulo mais quatro anos de atrasos e descaso com a população.

Percebamos que apenas o ódio os motiva, o ódio do mau perdedor. Ódio que outros lados não tiveram com o mesmo resultado. Ódio que os faz mentir e convencer de sua mentira, pois eles mesmos não sabem ser mentiras, pois estão ainda no estágio da ignorância.

Espero com todo o meu coração que em todas as casas se desligue a televisão na cara dessa doença que se tornaram os programas de auditório e comédias xinfrins. Afinal, hoje já existe netflix. Opte!

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